O soro AntiCovid, em estudo no CPPI – Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos do Paraná, em Piraquara, entrou nesta sexta-feira (02) em nova fase de testes não clínicos. A unidade, pertencente à Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa), é administrada pela Fundação Estatal de Atenção em Saúde do Paraná (Funeas). 

De acordo com o diretor geral do CPPI, Rubens Gusso, o objetivo é realizar testes de segurança (toxicidade) em dois lotes de Soro Anticovid, produzidos no Paraná e Minas Gerais.

Gusso explica que o trabalho será realizado durante 14 dias com monitoramento permanente de camundongos transgênicos. No início deste ano foi realizado um treinamento simulado da equipe técnica para a realização dos procedimentos.

O projeto é uma pesquisa conjunta realizada em três instituições: Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos – FUNEAS, Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe (IPPPP) e Fundação Ezequiel dias (FUNED).

A primeira fase da pesquisa foi a imunização de cavalos (02 lotes) com o vírus “Sar’s Cov-2”, na FUNED e no CPPI. Os equinos produziram anticorpos (imunoglobulinas) no plasma, que foi purificado nas instalações fabris da FUNED e se converteu em soro, que será testado quanto a sua segurança e posteriormente em eficácia.

Gusso destacou ainda, que conforme os resultados científicos obtidos e da viabilidade técnica e econômica poderão ser realizados testes clínicos em humanos.

“A aliança tríplice das instituições está permitindo o desenvolvimento de um importante estudo que poderá beneficiar no futuro muitos pacientes internados com Covid-19, em estado moderado e grave, constituindo uma relevante ferramenta médica”, finaliza.

Apoios e liberações - Os trabalhos contam com apoio da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) e do Instituto Carlos Chagas/FIOCRUZ-PR, sendo aprovados pelas comissões de ética no uso de animais.